Ajin: Vale a pena assistir?

Ajin: Vale a pena assistir?

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Faz um tempo que a Panini está publicando os volumes de Ajin: Demi Human no Brasil. O mangá, escrito e ilustrado por Gamon Sakurai, vem fazendo barulho entre o público engajado, e já possui sete volumes lançados no País. Com a publicação, o produzido pela Polygon Pictures está disponível no catálogo da Netflix Brasil com dublagem em português e diversos tópicos interessantes que podem despertar a atenção mesmo de quem não gosta de animações japonesas.

Apesar do sucesso mundial de Dragon Ball, Cavaleiros do Zodiaco, Naruto e One Piece, devemos ter em mente que nenhum anime é produzido pensando em audiências mundiais ou ocidentais. O objetivo principal das histórias é cativar e engajar apenas o público japonês, tornando os casos citados acima as maiores entre as exceções do gênero. E porque mencionar isso? O conceito de Ajin: Demi Human, em sua individualidade, parece ter sido moldado para agradar o ocidente, herdando poucas características da cultura japonesa padrão. Até o traço e estilo de animação são incongruentes com o que estamos acostumados. E isso é um ponto positivo para quem não tem paciência com animes, ou acha aquilo muito diferente.

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Como a adaptação de um mangá seinen (obras para adultos), você pode esperar todo tipo de coisa vindo de Ajin. Seguimos a história de Kei Nagai, um estudante japonês que descobre ser um Ajin. Estes seres são considerados perigosos pela segurança pública mundial por possuírem habilidades de regeneração. Basicamente, Ajins são imortais, retornando da morte poucos segundos depois do ocorrido. O governo promete que Ajins poderiam viver em um lugar seguro indicado por eles, mas não é segredo que as autoridades utilizam esses seres sobrenaturais para experiências macabras. Por conta disso, Ajins vivem marginalizados na sociedade.

O protagonista Kei Nagai é um tanto quanto curioso. Nem sua própria irmã de sente confortável com o garoto por conta de seu perfil frio e calculista. Enquanto a série se desenvolve, podemos perceber que Kei possui algum tipo de distúrbio de personalidade, traçando seu caminho por interesses próprios. É fácil chegar ao ponto de torcer para os vilões, considerando a antipatia do protagonista. Destacamos também o antagonista Sr. Satô, um Ajin que pretende se vingar dos seres humanos após tanto tempo sob opressão, e Yu Tosaki, líder do Programa de Controle de Ajins.

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A união de bons personagens e um plot alinhado tornam Ajin um título interessante para maratonar na Netflix. A dublagem é outro ponto forte do anime. Normalmente, o público que consome o gênero no Brasil prefere assistir em japonês, com legendas em português. Mas é inegável que a dublagem brasileira foi feita com muito esmero e respeito pela TV Group Brasil, que traz outros animes em seu currículo. A temporada contém treze episódios de vinte minutos cada.

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Cauê Lira