Crítica: Angry Birds – O Filme

Crítica: Angry Birds – O Filme

“Por que aqueles pássaros são tão bravos?” Acredito que a maioria das pessoas que já jogaram Angry Birds no celular já fizeram essa pergunta, e eu me incluo nesta categoria. Mesmo sem contar exatamente uma história nos jogos, Angry Birds fez um sucesso estrondoso desde seu lançamento, em 2009, e bilhões de cópias foram compradas ou transferidas para os celulares ao redor do mundo. O jogo é divertido, sem noção e totalmente fora do padrão. E é exatamente isso que o longa-metragem entrega, além de, é claro, explicar a pergunta que está no inicio deste texto.

Em 2013, a Sony Pictures Entertainnent uniu forças com os criadores do game (Rovio Entertainment) a fim de levar o sucesso que se encontrava apenas na tela do celular para a tela do cinema. E o trabalho não era assim tão simples, já que o game não possuía uma história ampla para ser seguida. Porém, os diretores de primeira viagem Fergal Reilly e Clay Kaytis – que trabalharam nas animações Detona Ralph e Tá Chovendo Hambúrguer -, juntamente com o roteirista Jon Vitti, souberam contar uma história de origem divertida e maluca focada no público infantil em Angry Birds – O Filme. E outro ponto positivo é que a animação também dá espaço para os mais velhos rirem diante das referências feitas à cultura pop (a de X-Men: Dias de um Futuro Esquecido é a melhor delas!).

A animação se passa em uma ilha povoada por pássaros que não voam e que estão sempre calmos – exceto por Red (Jason Sudeikis/Marcelo Adnet), um pássaro um tanto quanto antissocial. Certo dia, ele perde a paciência de vez e acaba sendo julgado por seus colegas, o que o faz ser ainda mais rejeitado. Porém, quando a vasta ilha recebe a visita inesperada de porcos verdes suspeitos, cabe a Red e seus colegas Chuck (Josh Gad/Fabio Porchat), Bomba(Danny McBride/Mauro Ramos) e a terapeuta Matilda (Maya Rudolph/Dani Calabresa) descobrirem o que está acontecendo, e por que eles apareceram ali. O envolvimento de Red com os outros personagens é um fator cômico e que faz a trama evoluir; além disso, é interessante ver as diferenças napersonalidade de cada pássaro que habita a ilha.

Com claras intenções de se transformar em uma franquia, Angry Birds – O Filme possui uma trama simples, mas a montagem do filme é ágil e as cores são sempre muito vivas. Mesmo com energia, ação e humor insistente a todo o momento, o ponto alto do filme é definitivamente quando o espectador vê todos os elementos apresentados no decorrer da história fazendo do terceiro ato uma verdadeira simulação do game – e isso fica ainda mais divertido para quem já perdeu algumas horinhas jogando os pássaros com toda a força contra os tais porcos e suas casas!

FICHA TÉCNICA
Direção: Clay Kaytis, Fergal Reilly
Roteiro: Jon Vitti
Elenco: Anthony J Sacco, Bill Hader, Cristela Alonzo, Danielle Brooks, Danny McBride, Geoffrey Arend, Hannibal Buress, Ike Barinholtz, Jason Sudeikis, Jillian Bell, Josh Gad, Kate McKinnon, Keegan-Michael Key, Max Charles, Maya Rudolph, Peter Dinklage, Sean Penn, Tituss Burgess, Tony Hale
Produção: Catherine Winder, John Cohen
Montador: Kent Beyda
Duração: 90 min.
Estreia: 12/05/2016 (Brasil)
Distribuidora: Sony Pictures
Classificação: Livre

Barbara Demerov