Crítica: Batman – A Piada Mortal

Crítica: Batman – A Piada Mortal

Por Rodrigo Fabretti

O que separa um homem são de um homem louco? Segundo o Coringa, é apenas um dia ruim. 

A Piada Mortal é uma das HQs mais clássicas e famosas do universo do Homem Morcego – talvez perca somente para O Cavaleiro das Trevas. Além de ser obrigatória para todos que gostam do herói de Gotham (e até mesmo para quem não goste), ela ajuda a explicar a origem de um dos maiores vilões da cultura pop, o Coringa.

Após Mark Hamill falar na San Diego Comic-Con de 2011 que estava pensando em parar de dublar o Coringa, mas que pensaria sua decisão no caso de uma possível animação de A Piada Mortal, houveram enxurradas de pedidos para a produção dela. Chegaram a fazer petições implorando que a história saísse das páginas, até que a DC ouviu as preces da população que queria morar em Gotham e fez A Piada Mortal.

A diferença entre o papel e a tela são os focos dados. Se você, assim como eu, leu a versão lançada pela Panini, não ache estranho o começo da HQ ser a metade da animação. O personagem principal aqui não é o Coringa ou o Batman, dublado por Kevin Conroy. Temos aqui um foco diferente da HQ, começando tudo pela visão de Barbara Gordon (Tara Strong).

Ao contrário do que parece, essa nova visão não deixa o filme estranho. É interessante ver a relação entre a Batgirl e o Batman, e o que levou ao fim da parceria dos dois. Tudo isso narrado por ela mesma. Até que o Coringa decide visitar os Gordons e você é puxado diretamente para a HQ. E é aí que o prólogo pareceu acertado. A relação mostrada anteriormente entre Batman e a Batgirl causa uma certa motivação a mais em Bruce Wayne para pegar o Palhaço do Crime.

Tirando o início, a história é praticamente idêntica ao que foi reproduzido nas páginas da DC Comics. Temos a trama principal e os flashbacks contando a origem do Coringa. Seu fim continua sendo uma incógnita com várias interpretações. Para quem cresceu vendo os desenhos do Batman na televisão, os traços usados no filme são de encher os olhos de nostalgia. A dublagem é outro ponto positivo: ter Conroy e Hamill em seus personagens clássicos, torna a animação fidedigna e ainda mais nostálgica. 

Ao final de pouco mais de uma hora e 10 minutos de sessão, saí da sala querendo chegar logo em casa para ler minha HQ e depois rever o filme. Mas infelizmente houve apenas uma sessão no cinema. A boa notícia é que a mídia física será lançada no dia 2 de agosto!

Rodrigo Fabretti