Crítica: Connexion Munich

Crítica: Connexion Munich

É desesperador pensar em toda a produção nacional que é feita e distribuída pelo mundo sem que o grande público conheça. Esse é o caso do curta Connexion Munich (2011) e de grande parte da obra do cineasta Carlos Segundo.

Com oito anos de carreira e doze filmes no currículo, Carlos Segundo é um nome conhecido em festivais em solo brasileiro e internacionais, mas eu mesma não tinha ouvido falar dele até duas semanas atrás.

Connexion Munich é o nome literal do que a obra apresenta. Gravado durante uma conexão de 8 horas no aeroporto de Munique, o curta é narrado em francês e traz consigo um caráter quase experimental ao ser feito totalmente em câmera subjetiva e ter um narrador over como personagem principal.

Repleto de imagens detalhadas, o filme se desenvolve a fim de fazer uma reflexão sobre o tempo, a solidão e o cinema, o que lembra muito aqueles devaneios que todos nós temos durante nossas viagens ou até mesmo no transporte diário, aquele momento em que nos deixamos prestar atenção em pequenos detalhes e a consciência flutuar para lugares distantes.

Este curta é uma ótima porta de entrada para a obra de um grande cineasta que deveria ser mais conhecido dentro do seu próprio país. Então, caso queiram assistir, aqui vai o link da obra que o próprio diretor disponibilizou no vimeo:https://vimeo.com/39865659

FICHA TÉCNICA
Direção e fotografia: Carlos Segundo
Música: Ran Kirlian
Produção: Cass Filmes
Ano: 2011
Duração: 11 minutos

Giovanna Arruda