Crítica: Stranger Things (1ª temporada)

Crítica: Stranger Things (1ª temporada)

Provavelmente você já deve ter visto que a Netflix lançou uma nova série original, mas se está em dúvida de assistir, com medo de não ser boa, essa crítica vai tirar qualquer dúvida e te motivar a conferir uma das mais belas séries dos últimos tempos: Stranger Things.

A mais nova série original da Netflix é uma obra-prima que sabe muito bem tocar seu público com aquele sentimento de nostalgia, porém não de maneira simples ou dispensável. Stranger Things, através de cenas marcantes, claramente vai te fazer lembrar de clássicos como Conta Comigo, E.T. – O Extraterrestre, Super 8, e muitos outros filmes.

Sua história gira em torno de uma pequena cidade, onde um garoto (Will) desaparece misteriosamente e seus familiares e amigos fazem de tudo para descobrir o que de fato aconteceu.

O que parece uma narrativa de enredo simples, se torna uma ótima combinação de terror e drama, mas que também mistura momentos divertidos de amizade e companheirismo por parte de três garotos, amigos do desaparecido, que, buscando seu amigo encontram uma garotinha estranha que fala pouco, mas que vai ajudá-los de forma incrível durante toda essa aventura.

Ambientada em 1983 e repleta de bons personagens, a série foi muito bem divulgada e já conquistou boa parte do público. Embora tenha poucos atores conhecidos, possui no elenco a atriz Winona Ryder, que é famosa por ter participado de clássicos dos anos 80 e 90 como Os Fantasmas se Divertem eEdward Mãos de Tesoura. Nesta série, a atriz interpreta com perfeição Joyce, a mãe do garoto desaparecido, que não desiste jamais de encontrar seu filho.

Tudo em Stranger Things é fantástico: a direção conduzida com maestria pelos irmãos também roteiristas, Matt e Ross Duffer; os efeitos especiais que são explorados de maneira correta e não apelativa; as atuações que atingem todas as expectativas, principalmente a dos jovens garotos que compõem um grupo de amigos determinados e apaixonados; além de acertar em todas perspectivas cinematográficas, deixando difícil encontrar algum erro nesta produção. Uma série fascinante que conhece o espectador e sabe o que ele deseja assistir.

A série é tratada como um filme sobrenatural de ficção científica dividida em 8 capítulos, pois contém apenas 8 episódios que são interligados de forma surpreendente, sem cansar o espectador nem nos momentos de diálogos lentos, pois são bem escritos e interessantes.

A trilha sonora é completamente fiel à época, que vai de música pop até punk rock, ao incluir faixas famosas do início dos anos 80, como África da banda Toto, Waiting For a Girl Like You do Foreigner, e até Should I Stay or Should I Go, do The Clash.

O que chama mais atenção na série é a garotinha chamada Eleven, que aparece no mesmo lugar onde Will teoricamente teria desaparecido. Ela definitivamente conquista qualquer um com sua personalidade curiosa, calada e sensata. Como se não bastasse, ela ainda possui poderes telecinéticos que são devidamente explorados durante os episódios. Após ser encontrada por Mike, Dustin eLucas, ela passa a viver escondida no porão da casa de Mike, com quem cria uma bela relação de afeto e fraternidade.

Além de tudo isso, ainda é possível ver uma semelhança notável com jogos eletrônicos como Beyond: Two Souls e Until Dawn, que obviamente serviram de inspiração para criar algumas cenas e elementos da história.

Momentos tensos, emotivos e de suspense são garantidos, a diversão é assegurada e o entretenimento é confiável. Os acontecimentos se mostram cada vez mais relevantes, e é sem dúvida uma daquelas séries dignas de maratona, em que vai fazê-lo assistir todos os episódios sem parar – até se sentir mal por ter que esperar um ano por uma segunda temporada, que neste caso já se confirma.

É fácil se apaixonar perdidamente por cada segundo de cada episódio, por essa época inédita, pelos personagens bem estruturados, pela fotografia de luzes baixas, pelos flashbacks explicativos e pelo figurino muito bem retratado.

A primeira temporada de Stranger Things é genial e recomendada pelo Cinematecando! Esperamos que tenha gostado de nossa crítica e que indique aos seus amigos, uma vez que a série acabou de ser lançada e muitos estão em dúvidas se vale a pena assistir.

Agora é hora de preparar aquela pipoca, pegar o refrigerante e curtir essa série que vai te ganhar plenamente!

João Pedro Accinelli

Amante do cinema desde a infância, encontrou sua paixão pelo horror durante a adolescência e até hoje se considera um aventureiro dos subgêneros. Formado em Cinema e Audiovisual, é idealizador do CurtaBR e co-fundador da 2Copos Produções. Redator do Cinematecando desde 2016, e do RdM desde 2019.