A força feminina no universo de Star Wars

A força feminina no universo de Star Wars

Quando ouvimos a palavra ‘princesa’, logo remetemos à expressão a mulheres bonitas, educadas e, principalmente, indefesas. Assim como nos Contos de Fadas da Disney, por exemplo, aprendemos que toda princesa foi feita para terminar a história ao lado de um príncipe – o mais belo do reino. Normalmente, é esse príncipe que as salvam de alguma maldição ou perigo. Essas histórias, apesar de passarem uma moral que vai um pouco além disso, colocam as mulheres na posição de seres dependentes de um homem para se manterem a salvo. Nós sabemos que Contos de Fadas são feitos para crianças e, em 1959 (ano de lançamento de A Bela Adormecida), as mulheres eram vistas dessa maneira pela sociedade. Mas os tempos mudaram e é importante desconstruir. E, felizmente, não é necessário dar um salto tão grande para falarmos sobre uma forte releitura do que é ser uma princesa.

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Em 1977, Star Wars: Uma Nova Esperança iniciava uma nova era no cinema. Cheio de efeitos visuais e com uma história futurista (tanto que se faz atual até hoje), Star Wars mudou a ideia de princesa através da personagem Leia Organa, interpretada por Carrie Fisher. Ao contrário de uma mulher indefesa e que espera pelo príncipe em um castelo, Leia tem princípios, objetivos claros e, o mais importante: sabe lutar e encontrar soluções para os seus problemas. A princesa e senadora de Star Wars é uma mulher moderna e forte. Mesmo criada em 1977, ela é uma fonte de inspiração para nós em 2016.

Porém, muito se comenta sobre a cena em que Leia aparece com um biquíni dourado. Após entrar na propriedade de Jabba para salvar Han Solo, a princesa é capturada e usada para entreter o vilão. O figurino (ou a falta de figurino, no caso) não é apresentado de maneira desnecessária, há uma história por trás disso. Mesmo que muitos acreditem que essa foi uma forma de sexualizar o corpo e a imagem da atriz Carrie Fischer, existe outra interpretação: a cena em que ela é feita escrava, despida e vista como objeto é uma crítica sobre a visão que muitos homens possuem das mulheres. A erotização dessa cena, transformando Carrie em um sex symbol na época, está na mente do ser humano. A imagem principal que Leia passa é a de uma mulher forte e corajosa, independente do figurino e é essa essência que deve permanecer na cabeça dos fãs.

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E é essa mesma essência que encontramos em Rey, protagonista do recente O Despertar da Força (2015). A personagem sabe se virar sozinha no deserto de Jakku e quando é colocada à frente de uma missão ao lado de Finn e BB-8, não foge. Rey é determinada e, como Leia, não está na história apenas para servir de par romântico para alguém. Na verdade, limitar as mulheres a isso nunca foi o objetivo de Star Wars. O mesmo vai acontecer com Rogue One e sua protagonista, Jyn Erso (Felicity Jones). E por que não nos lembrarmos da Padmé Amidala? A rainha e senadora de Naboo era política. Uma mulher na política!

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É claro que todos os personagens de Star Wars são importantes: Luke, Darth Vader, Yoda, Obi Wan e até os droides. Mas é essencial lembrar como a saga mudou o conceito de princesa e também a posição das mulheres no cinema: de indefesas para heroínas. Nós somos fortes. Leia, Padmé, Rey, Jyn são personagens incríveis para o universo feminino e representatividade importa. Que a Força esteja com vocês!

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Jaquelini Cornachioni

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