Crítica: Star Trek – Discovery (Episódio 9)

Crítica: Star Trek – Discovery (Episódio 9)

Em sua midseason finale, Star Trek – Discovery entrega batalhas empolgantes e mistérios promissores. 


Cá estamos: Star Trek – Discovery encerrou a primeira parte de sua temporada de estreia com Into the Forest I Go, um capítulo cheio de tensão e mistérios que deixa aquele gostinho de quero mais, com direito a cliffhangers (desta vez, bem melhores que o deixado no episódio anterior).

Esta midseason finale tem seu início com o capitão Lorca (Jason Isaacs) e sua equipe procurando uma maneira de salvar a raça alienígena encontrada em Pahvo enquanto preparam um plano para desativar a camuflagem das naves klingons. Burnham (Sonequa Martin-Green) então se arrisca invadindo a Nave dos Mortos, comandada por Kol, para nela plantar mecanismos rastreadores que ajudem a Discovery na iminente batalha. Do outro lado, o tenente Stamets (Anthony Rapp) deve lidar com suas responsabilidades desgastantes agindo como o motor de esporos da nave (essa série realmente foi além) enquanto Lorca continua a empregar seus métodos pouco ortodoxos.

Mais do que em qualquer outro episódio de Discovery, muitas coisas acontecem no decorrer de Into the Forest I Go, o que pareceria excesso caso o ritmo que o diretor Chris Byrne não fosse tão estimulante. Em menos de 50 minutos, temos infiltrações, lutas mano-a-mano, batalhas entre as naves e ainda alguns momentos de intimidade entre os personagens, especialmente entre Burnham e Tyler (Shazad Latif), sendo que o segundo finalmente ganha boa dimensão e fomenta especulações sobre o verdadeiro motivo de sua existência na série.

Falando em dimensão, finalmente foi confirmada a existência dos universos paralelos, antes sugeridos no arco de Stamets. Apesar do episódio não ir muito a fundo no conceito, apenas sua menção já acrescenta uma boa dose de imprevisibilidade às viagens futuras da Discovery. À Terra Desconhecida!

No entanto, Star Trek – Discovery não seria o que agora é sem um rosto conhecido: Sonequa Martin-Green. Sua partida de The Walking Dead foi bem-afortunada, pois agora a jovem atriz está provando seu poder como protagonista de um seriado em grande escala, esbanjando carisma e força dramática. Into the Forest I Go pode não ser exatamente focado em Burnham, mas sua presença é chave em um episódio, acima de tudo, empolgante.

O elenco de apoio também diz a que veio, agora que conhecemos melhor os feitios de Saru (Doug Jones), Tilly (Mary Wiseman) e até mesmo L’Rell (Mary Chieffo). Mas… espera aí: onde foi parar o Voq (Javid Iqbal)? Bom, alguns fãs tem algumas teorias que, caso verdadeiras, deixarão o público ainda mais dividido do que já está. Há muito espaço para explorar, contudo, e espero que os próximos seis episódios, que começam em Janeiro de 2018, não se esqueçam de dar continuidade ao fortalecimento dos vínculos que desejamos ter com uma trupe de Star Trek. Talvez não se iguale às Enterprise de Kirk ou Picard, mas a Discovery tem potencial, principalmente agora que já não temos mais certeza do que vem por aí.

*Ah, e vale dizer: FINALMENTE rolou beijo entre Stamets e o dr. Culber (Wilson Cruz), talvez o primeiro casal gay devidamente representado na franquia toda. Audaciosamente indo… aonde algumas séries já estiveram, mas ainda é bom ver que a situação de Sem Fronteiras não se repetiu.

Caio Lopes

Formado em Rádio, TV e Internet pela Faculdade Cásper Líbero (FCL). É redator no Cinematecando desde 2016.