Um diretor e um filme: Rob Reiner

Um diretor e um filme: Rob Reiner

Algo está errado, e é mais do que o fácil acesso a armas ou violência na televisão. É a falta de amor e apego aos princípios de amor à vida.

Tudo bem, a maioria de nós não acredita em destino. Mas na situação de Robert Reiner é complicado duvidar que o nova-iorquino seguiria uma carreira no cinema, pois além de nascer em uma cidade tão entrelaçada com a Sétima Arte, seus pais já ocupavam um lugar no ramo há muito tempo. Filho da atriz Estelle Reiner e do cineasta Carl Reiner (famoso por realizar filmes de comédia com Steve Martin como O Panaca), Rob Reiner começou sua carreira artística atuando em pequenos filmes e seriados – entre eles, o conhecido Tudo em Família (71-79), seriado que lhe renderia 5 indicações ao Globo de Ouro de melhor ator secundário na TV. Sem largar o ramo de atuação, expandiu seus horizontes ao começar a dirigir filmes, obras essas que viriam a ser lembradas e idolatradas até hoje.

Sua carreira como diretor se iniciou nos anos 80 com um filme chamado Isto É Spinal Tap (1984), um cômico mocumentário (falso documentário que busca satirizar algum evento) sobre uma banda chamada Spinal Tap. Esta comédia de baixo orçamento faz uma paródia com o conteúdo comportamental das bandas de rock/metal da época. No filme, Rob Reiner também atua como Marty, personagem que filma todos os acontecimentos da banda. Logo em seu primeiro longa-metragem o diretor atraiu o olhar de rockeiros famosos, e alguns como Eddie Van Halen e Steven Tyler não acharam graça das situações por se assemelharem tanto com suas vidas na música, o que prova a qualidade do filme em ironizar os clichês do rock.

Já no ano seguinte, Rob Reiner apostou em uma agradável comédia romântica, gênero que o carregaria ao longo das décadas. O filme da vez foi Garota Sinal Verde (1985), que contou com 4,5 milhões de dólares em seu orçamento, obtendo um pequeno lucro de pouco mais de 10 milhões de dólares. A obra gira em torno de Gib (John Cusack) e Allison (Daphne Zuniga), dois calouros de uma faculdade que estudam na mesma sala. Eles não possuem muita coisa em comum, mas ele está meio a fim dela, porém a recíproca não é verdadeira. Um dia, sem querer, os dois acabam pegando uma carona juntos para a Califórnia, ele para visitar um amigo e encontrar uma garota, e ela para visitar seu namorado. Por fim, uma reviravolta acaba ocorrendo em suas vidas. O filme ainda conta com Tim Robbins no elenco.

Numa carreira crescente, Rob Reiner sempre buscou dirigir seus filmes sem nenhuma grande pretensão de ângulos/movimentos de câmera, apenas usando o suficiente para contar bem uma história através de imagens. O cineasta já estava caminhando em direção ao sucesso, só precisava de um ótimo filme que o despontasse de vez, e foi então que seu terceiro filme apareceu, aquele que muitos consideram ser seu maior clássico, o incomparável Conta Comigo (1986).

Esta obra imortal, adaptada do livro de mesmo nome escrito por Stephen King, tomou conta de todo o mundo com seu jeito singular de abordar a amizade. O filme é bem conhecido no Brasil e foi utilizado como referência para vários outros filmes e séries, entre elas a recente Stranger Things, que se aproxima do lançamento de sua segunda temporada. A história conta sobre a vida de quatro amigos, que em um certo dia saem juntos em busca do corpo de um adolescente que estava desaparecido na mata há mais de três dias. O que eles não imaginavam é que esta aventura se transformaria em uma jornada de auto-descoberta, que os marcaria para sempre.

A sutileza dos diálogos junto às brincadeiras da adolescência criam uma atmosfera realista para os adolescentes e nostálgica para os adultos, que lembram facilmente de suas épocas juvenis. O clássico foi o primeiro filme de Reiner altamente repercutido pela mídia, o que o traria um enorme reconhecimento tanto por parte do público, quanto por parte da crítica. Conta Comigo recebeu duas indicações pelo Globo de Ouro, uma como melhor filme dramático e outra como melhor diretor. Sem falar da indicação ao Oscar como melhor roteiro adaptado altamente merecida.

O filme abriu caminho para uma série de ótimas produções que viriam a ser dirigidas por Rob Reiner, e que caracterizariam sua melhor fase no cinema. Suas futuras obras renomadas viriam a cintilar os olhos dos críticos e enternecer o coração do público. Ainda mantendo a média de um filme por ano, o diretor lançou no ano seguinte uma das mais aclamadas aventuras românticas já feitas, estou falando do místico A Princesa Prometida (1987). A fantasia se desenvolve a partir de um avô que lê um conto de fadas ao seu neto. A história do livro se baseia na vida da princesa Buttercup (Robin Wright), que é apaixonada por um jovem camponês chamado Westley (Cary Elwes). Após uma viagem do camponês em busca de fortuna, fazem com que a princesa acredite que ele morreu. Relutante, ela decide se casar com um príncipe, que logo se mostra malvado. No dia do casamento uma gangue a rapta e ela descobre que dentre seus sequestradores está o camponês. A partir daí os dois terão que enfrentar muitos obstáculos para finalmente ficarem juntos.

Além das inúmeras críticas/classificações positivas, esse cult clássico entrou para várias listas, desde melhores comédias de todos os tempos até melhores roteiros de todos os tempos (sendo este escrito por William Goldman). A trilha sonora composta por Mark Knopfler teve uma de suas faixas indicada a melhor canção original no Oscar. O filme, que contou com vários cenários belos e naturais da Irlanda e Inglaterra, passou por muitas dificuldades até ser produzido, diversas tentativas rondaram o roteiro de Goldman, que quase chegou a ser dirigido por Richard Lester. Foi a partir de A Princesa Prometida que Reiner passou a também produzir seus filmes.

Rob Reiner iniciou os anos 90 buscando dirigir temas diferentes, não que tivesse se enjoado das comédias românticas, mas variar o cardápio é sempre bom para qualquer diretor que pretende ser reconhecido por seu talento. É exatamente neste momento que um de seus maiores clássicos é lançado, o thriller psicológico Louca Obsessão (1990). Novamente o diretor firma uma união com o roteirista William Goldman, que adapta o livro Misery (título original do filme) de Stephen King, originando a segunda adaptação de um livro do mestre dirigida por Rob Reiner.

A narrativa nos apresenta o famoso escritor Paul Sheldon (James Caan), que sofre um acidente de carro e é socorrido pela enfermeira Annie (Kathy Bates), afirmando ser sua fã número um. Ela o leva para sua isolada casa e cuida de sua saúde, mas um dia acaba tendo acesso aos originais do próximo livro do escritor e descobre que sua personagem predileta será morta. Essa revelação faz com que sua personalidade doentia se revele e Sheldon se vê à mercê das loucuras da admiradora. Embora houvesse bons motivos para acreditar no talento do cineasta, também havia péssimas razões. Mesmo já tendo dirigido vários ótimos filmes, muitas expectativas negativas caíram sobre Reiner por conta de sua afiliação com a comédia romântica e sua inexistente experiência com o suspense. Entretanto, o nome do diretor não estaria aqui neste artigo se ele não ultrapassasse as expectativas não é? Claramente o filme se superou e se tornou uma das grandes obras da década.

A condução do clima misterioso é bem executada, provando que o diretor sabe sim dirigir obras de cunho temático diferente de romances e comédias. O roteiro de Goldman também é bem pontual, junto a incrível trilha sonora apavorante composta por Marc Shaiman (grande parceiro de Reiner em seus filmes), que nos remete muitas vezes às trilhas inquietantes de Bernard Herrmann nos filmes de Alfred Hitchcock. Porém a verdadeira “dona” do filme é a atriz Kathy Bates, que entrega uma interpretação fantástica, lhe rendendo um Globo de Ouro como melhor atriz em drama, e um Oscar como melhor atriz (o único de sua longa carreira).

Como se não bastasse de reconhecimento, Rob Reiner não estava satisfeito e queria continuar apostando em gêneros distintos. O drama foi o escolhido da vez em uma grande produção de custo estimado entre 33 e 40 milhões de dólares, obtendo um imenso lucro de 200 milhões de dólares. O filme recebeu a tradução de Questão de Honra (1992), tendo um elenco hollywoodiano enormemente famoso, contando com nomes como Jack Nicholson, Tom Cruise, Demi Moore, Kevin Bacon, Cuba Gooding Jr. e Kiefer Sutherland.

O enredo do drama militar ganha corpo logo após um soldado morrer acidentalmente em uma base militar, depois de ter sido atacado por dois colegas da corporação. Surge então a forte suspeita de ter existido um “alerta vermelho”, uma espécie de punição extra-oficial na qual um oficial ordena a subordinados seus que castiguem um soldado que não tenha se comportado corretamente. Quando o caso chega aos tribunais, um jovem advogado chamado Daniel Kaffee (Tom Cruise) resolve não fazer nenhum tipo de acordo e tentar descobrir a verdade.

As atuações são o maior forte do filme (como esperado visto seu elenco ostentoso), mas a direção de Rob Reiner é o que torna tudo prazeroso aos olhos do espectador. O diretor escolhe a distância dos planos acertadamente, utilizando do exato e do essencial para contar uma boa história escrita por Aaron Sorkin, não permitindo que o público se enjoe do simplismo e nem se perca em inovações de ângulos desnecessários. Esse drama militar não é um filme que ficou na memória dos cinéfilos por muitos anos (embora devesse), mas é sem dúvida uma das melhores histórias de tribunal que você vai ver no cinema.

Além de toda recepção positiva por parte da crítica, Questão de Honra foi indicado para 4 categorias no Oscar (melhor filme, melhor ator coadjuvante, melhor montagem e melhor mixagem de som) e 5 no Globo de Ouro (melhor filme dramático, melhor diretor, melhor ator principal, melhor ator coadjuvante e melhor roteiro).

A infelicidade é que nem tudo na vida são flores, passamos por apertos em vários momentos e nem sempre conseguimos produzir filmes que agradem o público ou a crítica. Rob Reiner, apesar de ser um grande diretor, também passou por alguns perrengues com sua produção seguinte, intitulada O Anjo da Guarda (1994), que acabou sendo talvez seu maior fiasco, tanto de crítica, quanto de bilheteria. Quando se ouve o nome do cineasta assinando a direção e a produção deste filme, a primeira impressão que fica é a de que lemos errado, mas na verdade foi sim uma tentativa do diretor de agradar o público fã de fábulas. Embora não passe de 90 minutos de filme, a obra representou possivelmente um dos maiores déficits financeiros da história do cinema (33 milhões de dólares), sendo investido 40 milhões de dólares para a produção, e tendo recuperado apenas 7 milhões de dólares. Como o filme e o diretor foram indicados ao Framboesa de Ouro de 1994, acredito que ele não mereça nem uma sinopse por aqui, caso você leitor, se interesse, recomendo conferir em alguma página da internet.

Nos anos seguintes, depois de sua infeliz produção, o diretor ainda conseguiu lançar alguns ótimos filmes como o conhecido Meu Querido Presidente (1995), o qual produziu e dirigiu espetacularmente bem, se redimindo pelo ano de 1994 e fazendo jus à qualidade de seus filmes anteriores. A obra foi roteirizada por Aaron Sorkin (mesmo roteirista de Questão de Honra), e a trilha sonora foi novamente composta por Marc Shaiman (lendário parceiro de Reiner). Possuindo uma grande aprovação da crítica, a obra se juntou às maiores produções do diretor, enriquecendo ainda mais sua filmografia.

Andrew Shepherd (Michael Douglas) é o atual presidente americano, que perdeu a mulher, vítima de câncer, logo após ter sido eleito por uma margem mínima. No decorrer de três anos ele conseguiu uma aprovação de 63% do eleitorado, mas quando entra em uma fase do seu mandato em que tudo é calculado visando a reeleição, se envolve com uma lobista (Annette Bening). A paixão do presidente passa a ser o principal alvo de um senador (Richard Dreyfuss), que é candidato à presidência.

Esse romance político – que ainda conta com Martin Sheen e Michael J. Fox no elenco – rendeu a Reiner mais uma indicação ao Globo de Ouro como melhor diretor. O filme também é considerado por muitos uma das melhores histórias de amor do cinema americano, representando exatamente o que de melhor soube fazer Rob Reiner ao longo de sua filmografia.

Logo depois, Reiner lançou mais um drama, desta vez bem mediano e não tão repercutido, mas que possuiu duas indicações ao Oscar, sendo elas de melhor ator coadjuvante para James Woods e melhor maquiagem. Estou falando do filme Fantasmas do Passado (1996). Depois disso, Rob Reiner não conseguiu mais dominar o mundo das críticas, e seus filmes seguintes passaram a ser apreciados apenas pelo público geral, sem um apelo crítico profundo que consagrasse o diretor nos dias atuais. O cineasta provavelmente voltou sua atenção para a temática que sempre foi apaixonado, as comédias românticas, sem pretensões de prêmios ou maior renome. Apesar de nunca ter vencido um Globo de Ouro ou sequer ter sido indicado ao Oscar como melhor diretor, Rob Reiner já havia deixado sua marca no mundo do cinema, e agora restava aproveitar sua vida fazendo o que mais gosta.

O diretor fechou o século XX e iniciou os anos 2000 com 3 comédias românticas bem interessantes, repletas de atores famosos (como de costume), emocionando diversos públicos. Foram elas: A História de Nós Dois (1999), protagonizado por Bruce Willis e Michelle Pfeiffer; Alex e Emma (2003), protagonizado por Kate Hudson e Luke Wilson; e o divertido Dizem Por Aí… (2005), com um grande elenco, tendo nomes como Jennifer Aniston, Shirley MacLaine e Kevin Costner.

Posteriormente, Reiner dedicou mais um ano de sua carreira ao drama, junto à boas pitadas de comédia, em um filme que provavelmente foi sua maior obra do século XXI, o comovente e popular Antes de Partir (2007). A emocionante história se baseia em dois homens de idade que se conhecem em um quarto de hospital. Ambos descobrem que estão com câncer, e que possuem poucos meses de vida, então um deles resolve fazer uma lista de coisas que pretende fazer antes de morrer. O outro, rico empresário, se dispõe a realizar todas as vontades de seu novo amigo. É aí que ambos passam a percorrer o mundo e aproveitar seus últimos meses, e durante a jornada formam uma incrível amizade capaz de tocar o coração de qualquer expectador.

Rob Reiner ainda nos presenteia com outras duas belas comédias românticas e uma querida comédia dramática. Estou falando de O Primeiro Amor (2010), Um Amor de Vizinha (2014) e O Reencontro (2012) respectivamente, sendo esses três filmes seus mais recentes lançamentos bem divulgados.

Imagino que, se chegou até aqui, deve estar cansado da leitura, mas aconselho-te, leitor, a se manter por essas bandas por mais alguns parágrafos, pois agora chegamos à melhor parte. É hora de conferirmos o filme escolhido da extensa filmografia do diretor para ser dissecado a fundo no Um Diretor e Um Filme da vez. A verdade é que depois de A Princesa Proibida e antes de Louca Obsessão, o cineasta foi responsável pela direção (e produção) de mais um famosíssimo filme dos anos 80. Sem mais rodeios, introduzo um dos maiores clássicos de Rob Reiner, sua maior e mais famosa comédia romântica, a obra prima Harry e Sally – Feitos Um Para o Outro, de 1989.

Escrever sobre esse inesquecível filme é um grande prazer para qualquer crítico apaixonado por comédias românticas. Se em algum dia o público se esquecer das leves e sensíveis obras com Meg Ryan brilhando entre os atores principais, é porque chegamos a um ponto em que a recusa ao amor e a desvalorização do romance absorveu toda empatia contida em nossas almas de cinéfilo. Rob Reiner dirige uma das maiores químicas já vistas no cinema, sendo esta a de Meg Ryan com o ilustre Billy Crystal.

A simples história gira em torno de um casal de amigos. No fim de sua formatura na Universidade de Chicago, Harry Burns (Billy Crystal) pega com Sally Albright (Meg Ryan), formanda amiga de sua namorada, uma carona até Nova York. Os dois, que nem sempre se entendem, passam a se encontrar esporadicamente ao longo do anos e passam a desenvolver uma forte amizade, amizade esta que é abalada ao perceberem que na verdade estão apaixonados um pelo outro.

A naturalidade do enredo não permite que os clichês tornem a experiência massiva, é quando o maior atrativo do filme aparece para tornar esta uma das obras mais memoráveis da década de 90: o infalível roteiro escrito por Norah Ephron (futuramente diretora do Sintonia de Amor). É aí que se encontra a grande jogada do filme, onde nas entrelinhas das cenas os diálogos ácidos e realistas dos personagens marcam o filme de maneira imprevisível, aprazível e incredível. Sally e Harry são personagens muito bem caracterizados que, mesmo sendo personagens de 1989, permitem uma grande identificação da plateia até hoje, e isso é algo muito poderoso e um ótimo jeito para que uma narrativa consiga se tornar intrigante aos olhos dos espectadores de gerações futuras, mantendo a imortalidade do filme intacta.

A trilha sonora do compositor Marc Shaiman e do cantor Harry Connick Jr. mostram o que de melhor o jazz possui, estando sempre presente em todas as cenas, criando com suas notas rápidas e seu improviso, um ambiente favorável e vibrante, algo que é facilmente refletido na relação dos atores/personagens principais.

Quem também marca presença entre os atores é a falecida Carrie Fisher, que interpreta Marie, uma amiga próxima de Sally, sempre entusiasmada e engraçada. Todos os personagens dão um toque fino de personalidade à obra, apenas opulentando os atributos do filme, que além dos elegantes figurinos, sustenta uma direção de arte comportada. Rob Reiner, juntamente ao diretor de fotografia, Barry Sonnenfeld, escolheu a iluminação correta para todas as cenas, em sua maioria de luz natural, que anda de mãos dadas com as cores dos móveis de cenário e dá um ar realista convincente.

O filme, que muitas vezes se assemelha com o modelo narrativo de Woody Allen, recebeu 5 indicações para o Globo de Ouro (melhor ator de comédia/musical, melhor atriz de comédia/musical, melhor filme de comédia/musical, melhor diretor, e melhor roteiro) e uma indicação ao Oscar como melhor roteiro (categoria a qual venceu no BAFTA). Além disso, Harry e Sally – Feitos Um Para o Outro entrou para a lista das melhores comédias românticas de todos os tempos elaborada pela AFI (American Film Institute), conservando o 6º lugar como um dos filmes mais recentes do Top 10.

João Pedro Accinelli

Amante do cinema desde a infância, encontrou sua paixão pelo horror durante a adolescência e até hoje se considera um aventureiro dos subgêneros. Formado em Cinema e Audiovisual, é idealizador do CurtaBR e co-fundador da 2Copos Produções. Redator do Cinematecando desde 2016, e do RdM desde 2019.