Crítica: Um Doce Refúgio

Crítica: Um Doce Refúgio

Um dos grandes destaques do Festival Varilux de Cinema Francês, que trouxe muitos filmes incríveis, foi Um Doce Refúgio. A história foi escrita, dirigida e interpretada pelo francês Bruno Podalydès (Adeus Berthe: O Enterro da Vovó).

Na trama, conhecemos o artista gráfico Michel (Bruno Podalydès), que trabalha com seu irmão Remi e que sempre foi fascinado pelo serviço postal aéreo francês, embora nunca tenha pilotado um avião. Um dia, ele se depara com uma foto de um caiaque e fica impressionado com a semelhança com a fuselagem de um avião.

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Então, secretamente, compra um caiaque. Decidido a fazer algo novo e realizar um antigo sonho, Michel parte em sua aventura que remete facilmente ao filme Livre, ou até mesmo Na Natureza Selvagem. Quando sua esposa Rachel (Sandrine Kiberlain) descobre seus planos, ela o encoraja a ir em frente e realizar seu sonho.

O filme é realmente bonito e funciona muito bem como uma comédia despretensiosa. O longa mostra que Michel não quer apenas um caiaque ou um avião; ele apenas gostaria e precisa de um refúgio, uma chance para praticar sua pequena fuga. A fotografia do filme é ótima e ajuda o espectador a ser inserido na trama, assim como os coadjuvantes, que também ajudam a promover a empatia por seus personagens e pela história.

Para os cinéfilos que gostam de uma história leve e que promove reflexão sobre a vida e as escolhas que fazemos durante o caminho, Um Doce Refúgio é, assim como o que seu próprio título carrega, um filme perfeito para passar por este tipo de experiência.

FICHA TÉCNICA
Direção: Bruno Podalydés
Roteiro: Bruno Podalydés
Elenco: Bruno Podalydés, Agnès Jaoui, Sandrine Kiberlain
Título original: Comme un Avion
Distribuição: Mares Filmes
País: França
Duração: 105 minutos
Classificação: 14 anos

Barbara Demerov