Crítica: Esquadrão Suicida

Crítica: Esquadrão Suicida

E finalmente chegou o filme que todos estavam ansiosamente esperando em 2016! Será que vai ser um fracasso? Será que eles realmente passaram dos limites? Será que vai surpreender e deixar todo mundo de boca fechada? Hoje o Cinematecando responderá a todas essas perguntas!

Esquadrão Suicida é o típico caso do filme medíocre que não faz justiça aos personagens que tem. Depois de toda a publicidade desnecessária em cima do Coringa de Jared Leto, estávamos esperando mais que 7 minutos do personagem no filme, e com certeza mais que o Coringa “gangster” que nos foi apresentado. Seja por conta da direção ou do roteiro, o nosso Palhaço do Crime ficou sub-aproveitado dentro da trama.

A química entre os personagens não tem tempo de começar – tudo acontece tão rápido que em menos de 2 horas eles já se enxergam como uma família. Até entenderíamos se fossem personagens que já tivessem um contato prévio, mas nessa narrativa não faz sentido a dependência imediata entre todos os envolvidos.

As personagens femininas não tiveram a força que poderiam muito bem ter tido: Margot Robbie fez um incrível trabalho na pele de Arlequina, porém foi hiper-sexualizada; Karen Fukuhara como Katana mal aparece; Cara Delevingne como Feiticeira não foi bem utilizada, e Viola Davis como Amanda Waller é a única que se salva como a “chefona” do Esquadrão.

O personagem de Will Smith, o Pistoleiro, é o que possui o arco mais desenvolvido entre todos os membros do Esquadrão, mas não há nada em sua história que seja extremamente importante para o andamento da trama. Todos os vilões deveriam ter sido explorados igualmente, afinal, eles são apenas vilões aos olhos do governo que os juntou.

Com um roteiro bagunçado, uma edição sem pé nem cabeça, uma trilha sonora que quer pagar de diferentona e uma motivação mais confusa que as vozes na cabeça de Arlequina, Esquadrão Suicida nos mostra que séries de TV realmente estão superando o cinema de todas as formas possíveis. Dinheiro é o que não falta, então qual é o problema? Qual a dificuldade de fazer um filme que supere as expectativas de seu público? Quanto mais anos passam, mais percebemos que quanto menos fãs envolvidos na produção, pior a coisa vai ficando. Por que roteiros como o de Esquadrão Suicida são oferecidos a pessoas que obviamente não se importam sobre os personagens que estão tentando falar? A DC/Warner tem tudo em suas mãos: bons personagens e boas histórias para adaptar. O que basta é aproveitarem os materiais incríveis que possuem da maneira certa.

Infelizmente, Esquadrão Suicida é exatamente o que diz o sub-título de nossa crítica: mais do mesmo. Uma mesmice de filmes preguiçosos que precisa acabar.

FICHA TÉCNICA
Direção e roteiro:
 David Ayer
Elenco: Adam Beach, Adewale Akinnuoye-Agbaje, Alex Meraz, Alyssa Veniece, Amanda Brugel, Ariane Bellamar,Ben Affleck, Brianna Goldie, Cara Delevingne, Common, Corina Calderon, Darryl Quon, David Harbour, Ike Barinholtz, Jai Courtney, Jared Leto, Jay Hernandez, Jim Parrack, Joel Kinnaman, Karen Fukuhara, Kevin Hanchard, Margot Robbie, Michael Murray, Sabine Mondestin, Scott Eastwood, Viola Davis, Will Smith
Produção: Charles Roven, Richard Suckle
Fotografia: Roman Vasyanov
Montador: John Gilroy
Duração: 123 min.

Letícia Piroutek

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