A importância da Mulher-Maravilha no universo dos quadrinhos e do cinema
Relembre a criação da Amazona e saiba quais são as nossas expectativas para o novo filme da super-heroína!
Quando se deu início ao universo dos quadrinhos, os personagens eram predominantemente masculinos e as mulheres, quando apareciam nas histórias, serviam como o par romântico dos protagonistas. Super-heróis como Batman e Superman já faziam grande sucesso e coube à esposa de William Marston, Elizabeth Holloway Marston, a ideia de se criar uma super-heroína. A Mulher-Maravilha surgiu a partir desse momento e se tornou “o novo tipo de mulher que deve governar o mundo”. Considerada desde a sua criação, no início da década de 40, um modelo do poder feminino, a Mulher-Maravilha, ainda hoje, é símbolo do movimento feminista, como já era de se esperar. Segundo Marston e sua esposa, Elizabeth, mulheres possuem o potencial de serem tão boas quanto homens: podiam ser, até mesmo, superiores a eles.
É claro que, ao longo dos anos, a história de Diana Prince sofreu modificações e passou por altos e baixos. Na televisão, a personagens se tornou famosa em uma série de TV na década de 70 e foi interpretada por Lynda Carter. A série durou três temporadas e foi exibida no Brasil. Mas o fato é que, com o tempo, a Mulher Maravilha foi perdendo um pouco de sua força, apesar de fazer parte da Liga da Justiça, que virou um desenho de sucesso no início dos anos 2000. Para retomar a importância da Amazona em um momento da sociedade em que a luta das mulheres se tornou um movimento forte – e necessário – a personagem retornou com tudo na pele de Gal Gadot e está incrível como nunca.
A primeira aparição da Mulher Maravilha de Gal Gadot aconteceu no filme Batman vs. Superman (2016). O filme não foi um sucesso entre os críticos, mas, se algo foi elogiado no longa, com certeza foi a aparição da super heroína. Em 2016, a personagem também comemorou 75 anos. É claro que a imagem da Mulher-Maravilha foi debatida na internet, principalmente sobre seu uniforme e a possível sexualização da personagem no cinema. Lindy Hemming, figurinista do novo filme de Diana Prince, deixou claro que o tamanho ou modelo da vestimenta não é um entretenimento gratuito para os homens. Afinal, feminismo é o direito de escolher o que vestir. Outro ponto colocado em questão no filme da Mulher-Maravilha é que mulheres não precisam de traços masculinos para serem consideradas fortes ou poderosas. Mas uma crítica muito feita a Gal Gadot se referiu ao fato da atriz ser “muito magra” e não ter seios o suficiente para o papel, como se essa fosse uma obrigação da personagem. De qualquer maneira, nada impediu Gal Gadot de brilhar como Mulher-Maravilha no cinema.
Nos trailers do filme que estreia no início de junho, vemos uma Mulher-Maravilha ainda mais promissora do que a que foi apresentada em Batman vs. Superman (principalmente porque o foco do longa não era, a personagem, que acabou roubando a cena). A nossa expectativa, obviamente, é alta e o que esperamos é que a DC tenha aprendido com o fracasso de roteiro de Esquadrão Suicida, bem como com a objetificação da Arlequina, personagem incrivelmente bem interpretada por Margot Robbie. Na direção, temos outra mulher: Patty Jenkins, que prometeu retratar toda a essência da super heroína.
O objetivo da Mulher-Maravilha sempre foi muito além de apenas inserir uma mulher no universo dos quadrinhos: a personagem mostra que mulheres são fortes, independentes, donas de si e não precisam ser salvas. É inegável também que a super-heroína abriu as portas para outras personagens femininas fortes nesse universo. E o que queremos é que toda essa força, que naturalmente existe dentro de cada mulher, consiga ser retratada como merece no novo longa da Mulher-Maravilha.