5 games que te farão questionar sua sanidade

5 games que te farão questionar sua sanidade

Aproveitamos a iminente estreia de mãe!, novo projeto de Darren Aronofsky, para falar daquela marcante sensação que é o WTF. Apesar de muitos filmes puxarem nossos tapetes de formas inesquecíveis, acredita-se que não há um meio melhor para isso que os games. Com diretores como Christopher Nolan e o próprio Aronofsky buscando inspirações em experiências virtuais, os games (VR ou não) estão cada vez mais aperfeiçoados na arte de deixar nossos queixos caídos e, no processo, fazer-nos questionar nossa própria sanidade.

Aqui estão alguns dos games que me fizeram duvidar de meus próprios olhos e ouvidos!

The Evil Within

Lançado no ano de 2014, o primeiro capítulo da nova franquia survival-horror do venerado diretor Shinji Mikami funciona como uma espécie de A Origem com dois pés no horror. Se isso já não o convenceu, posso dizer que há um sem-número de momentos inacreditáveis na jornada do detetive Sebastian Castellanos, que se encontra repentinamente no interior da mente de um serial-killer, enfrentando horrores inimagináveis. Com a sequência marcada para estrear já no próximo mês, esta é uma viagem que você provavelmente não deveria perder.

SOMA

Desenvolvido pela Frictional Games, responsável pelo hit Amnesia: The Dark Descent (e sua sequência A Machine for Pigs), SOMA é uma história de ficção científica repleta de inteligência e igualmente recheada de terror. No controle de um protagonista misterioso mas ainda assim carismático, o jogador tem sua percepção da narrativa alterada de maneira radical à medida que caminha para o abismo (literalmente, pois a história é situada em uma base subaquática). Há robôs que acreditam ser gente, criaturas marinhas, paredes viscosas: um prato cheio para quem quer algo ligeiramente perturbado. Se você jogou Amnesia e sentiu falta de uma narrativa mais sólida, SOMA é o game para você.

Get Even

Imaginem que Call of Duty fosse um dia roteirizado por Charlie Brooker, o criador de Black Mirror. O resultado estaria bem próximo de Get Even, um first-person shooter que começa razoavelmente simples e, sem avisos, transforma-se em algo realmente difícil de digerir, misturando elementos pesados de drama com momentos paralisantes de terror psicológico, apoiados muito bem por um design sonoro tridimensional e uma eclética trilha de Olivier Deriviere. Leiam nossa crítica completa aqui.

Hellblade: Senua’s Sacrifice

O game mais comprado na Playstation Store no mês de Agosto, Hellblade marca o retorno do aclamado estúdio Ninja Theory (Enslaved, DMC), conhecido por sua primazia técnica em animações. Agora operando de maneira independente, a desenvolvedora atingiu seu ápice estético com Hellblade, que aborda o delicado tema de doenças mentais de maneira madura mas ainda fantástica, desenhando paralelos com a mitologia nórdica. Além dos eficientes visuais, que em momentos misturam cenas pré-gravadas em live-action com o conteúdo em tempo real do game, o trabalho sonoro de Hellblade é o que faz toda a diferença, emulando o estado de psicose de sua protagonista de maneira que o jogador sinta um espontâneo mal-estar, além de ter sua percepção distorcida. A crítica completa pode ser conferida aqui.

>observer

Alguns games não precisam ser bons para deixar marcas. É o caso de >observer, game mais recente da Bloober Team, que desenvolveu o infame Layers of Fear (me culpo até hoje por não ter jogado). Enquanto o game anterior era ambientado na Inglaterra Vitoriana, >observer pula alguns séculos e leva o jogador a uma Varsóvia futurista, com uma estética cyberpunk bastante semelhante à do clássico Blade Runner. Falando nisso, o game é protagonizado pelo ator Rutger Hauer, que encarnou Roy Batty no filme, agora emprestando rosto e voz ao policial Daniel Lazarski, que deve investigar um assassinato em um cortiço e em paralelo tenta descobrir o paradeiro do filho. O que começa como um Se7en retrofuturista logo se torna em um teste de lucidez, que é infelizmente machucado por uma fraca jogabilidade e má performance nos consoles. No entanto, as sequências nas quais Lazarski invade a mente de outras pessoas são realmente formidáveis, garantindo a >observer um certo potencial cult.

Bônus: Mass Effect Andromeda

Precisa dizer? (via gameranx)

Caio Lopes

Formado em Rádio, TV e Internet pela Faculdade Cásper Líbero (FCL). É redator no Cinematecando desde 2016.