Cinema de rua: Uma tradição que deve ser mantida
O Brasil possui milhares de salas de cinema e, a maioria delas, enormes e com inúmeras modernidades, prezam muito pela experiência que o filme pode trazer – sons, imagens em 3D ou 4D. É claro que a tecnologia nos filmes é algo muito interessante e divertido de se vivenciar, mas não dá para negar que há momentos em que a vontade de ver um filme de modo mais tranquilo e “normal” agrade bastante também.
Durante a temporada de Globo de Ouro e Oscar, os cinéfilos de plantão não precisam quebrar a cabeça pensando onde ver os filmes mais comentados: nos cinemas de rua pelas áreas de Avenida Paulista, é claro! Sim, alguns filmes desse tipo entram em cartaz em circuitos maiores, mas a preferência por espaços fora dos Shoppings Centers é chamativa.
Pensando desse modo, podemos notar que a tradição dos cinemas de rua continua viva e recheada de programações que não são vistas em shoppings, indo desde filmes cults, de circuitos mais “fechados”, até reapresentações de clássicos do cinema nacional e internacional. O Noitão do Caixa Belas Artes (antes Cine Belas Artes), por exemplo, voltou a fazer muito sucesso depois de sua esperada reabertura.
Outro exemplo de cinema de rua que valoriza a Sétima Arte em seu mais puro significado é o CineSesc, que fica localizado no nº 2075 da Rua Augusta. O espaço possui um bar dentro da ampla e confortável sala, onde o cinéfilo pode assistir um filme ao mesmo tempo em que saboreia um café, cerveja ou guloseima.
O Reserva Cultural, Cine Livraria Cultura e o Espaço Itaú de Cinema na Rua Augusta também não ficam para trás e atraem um público bem diversificado. O interessante é que o Itaú possui unidades em dois shoppings, Frei Caneca e Bourbon – a única diferença é que, nos shoppings, há mais filmes Hollywoodianos em cartaz. Novamente fica clara a diferença entre o cinema na rua e o cinema no centro comercial.
Mesmo em tempos de poltronas que interagem com o filme e óculos 3D, quem gosta do cinema tradicional não tem desculpa para deixar de aproveitar as salas de cinema que estão aglomeradas, sobretudo, na Consolação, um dos bairros mais culturais de São Paulo. E que essa bela tradição perdure por muito mais tempo!