Crítica: Amityville – O Despertar
Muitos já sabem, mas o terror é um gênero muito difícil de ser trabalhado no cinema. Especialmente de uns anos para cá, como quase tudo se torna uma franquia interminável e sem sentido (ou remake atrás de remake, nos deixando cada vez mais confusos), é raro encontrar um filme que seja exceção (como no caso de It – A Coisa e Annabelle 2, por exemplo). Bem, infelizmente, Amityville: O Despertar não desperta absolutamente nada de inovador no gênero.
O novo filme do diretor Franck Khalfoun entra neste hall de remakes confusos de filmes de terror (essa já pode ficar uma categoria oficial!). Com uma pegada propositalmente trash e cômica em alguns aspectos, Amityville: O Despertar é literalmente mais do mesmo: novamente temos uma família que se muda para a famosa casa do massacre em Amityville, e coisas bizarras e demoníacas começam a os perseguirem.
Apesar de ter nomes conhecidos no elenco, como a it girl Bella Thorne, os atores Kurtwood Smith (That 70s’ Show), Jennifer Jason Leigh (Weeds e Os Oito Odiados) e Jennifer Morrison, as atuações deixam um pouco a desejar, dando aquele ar de que todos os acontecimentos chegam a ser até dignos de novela mexicana. O potencial de cada um não foi atingido nem de longe.
Algo que foi introduzido no filme e podia ter sido mais desenvolvido, foi a metalinguagem, pois esse elemento inseriu diversas referências aos filmes antigos da série – incluindo o livro e até mesmo a própria definição de “remake”.
Clichês à parte, Amityville: O Despertar é um terror bem jumpscare e que até possui algumas sacadas boas. Mas, como apela para sustos previsíveis (nada que vá te deixar sem dormir à noite), ele não consegue se estabelecer como um terror digno de ser memorável, por mais que consiga amarrar bem sua história. Quem sabe dessa vez isso foi capaz de dar um fim nela de uma vez por todas? Vamos aguardar…