Crítica: Jack Reacher: Sem Retorno

Crítica: Jack Reacher: Sem Retorno

Tom Cruise retorna ao personagem Jack Reacher, ex-militar que percorre os Estados Unidos fazendo justiça com as próprias mãos. Em Jack Reacher: O Último Tiro (2012), vimos o ator em um papel mais sombrio e violento do que estamos acostumados a conferir, por exemplo, na franquia Missão Impossível. Nesta sequência de ação, no entanto, a história não é tão misteriosa quanto no primeiro filme, e o tom é bem mais “família” do que qualquer outra coisa.

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Jack Reacher: Sem Retorno (2016) é baseado no 18º livro da série Jack Reacher, do autor Lee Child. No filme, Reacher acaba desenvolvendo uma amizade à distância com a major Susan Turner (Cobie Smulders), e eles acabam combinando de se conhecer pessoalmente. Mas ao chegar na base militar de Turner, Jack é informado que a major foi acusada de traição e espionagem, e está presa. Desconfiado, ele começa a investigar o caso por si próprio e acaba se envolvendo em uma situação maior do que ele imagina.

As interpretações de Tom Cruise e Cobie Smulders são a força da trama, que por sua vez, não deixa de ser redundante ao apresentar tantos elementos já bem conhecidos em filmes do gênero ação, como por exemplo, um vilão que não possui força e nem demonstra uma grande ameaça. A dinâmica entre os dois atores é boa e as cenas de perseguição que protagonizam enriquecem a história. Smulders, por sua vez, traz uma atuação à la Maria Hill (Os Vingadores) que se encaixa bem na trama e mostra que a força das mulheres no exército. Talvez, sua personagem seja a única que não cai nos clichês.

Mas a melhor parte do filme é a adição da possível filha de Reacher, a jovem Samantha (Danika Yarosh), que traz o alívio cômico na aventura e é bem carismática. É por esse motivo que o filme acaba possuindo um tom bem pessoal, pois mostra um lado do protagonista que não imaginávamos: o de um possível pai. Samantha acaba sendo parte importante da trama e acompanha Reacher e Turner na missão de obter justiça e provarem que são inocentes.

O filme do diretor Edward Zwick, que já trabalhou com Cruise em O Último Samurai, possui uma condução dinâmica que torna tudo mais agradável de se assistir, mesmo que o espectador saiba que diversos velhos clichês estão lá, e que a história realmente não entrega nada de novo como cinema de ação. Mesmo sendo genérico, não dá para negar que o longa diverte e entretém ao longo de suas duas horas. No mais, Jack Reacher: O Retorno pode ser resumido como um bom filme para assistir despretensiosamente – e, principalmente, enquanto o próximo Missão Impossível ainda está longe de chegar às telonas.

FICHA TÉCNICA
Direção: Edward Zwick
Roteiro: Edward Zwick, Marshall Herskovitz
Elenco: Aldis Hodge, Ben VanderMey, Cobie Smulders, Danika Yarosh, Holt McCallany, Hunter Burke, Jason Douglas, Juan Gaspard, Patrick Heusinger, Rebecca Chulew, Robert Knepper, Starlette Miariaunii, Sue-Lynn Ansari, Teri Wyble, Tia Nicholson, Tom Cruise, Wolfgang Stegemann
Produção: Don Granger, Tom Cruise
Fotografia: Oliver Wood
Trilha Sonora: Henry Jackman
Duração: 120 min.

Barbara Demerov

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