Crítica: Marguerite

Crítica: Marguerite

Inspirado na história real de Florence Foster Jenkins, conhecida como a pior soprano do mundo, o filme se passa na França da década de 1920 e mostra a vida de Marguerite Dumont (Catherine Frot), uma mulher rica, parte da nobreza, apaixonada por arte e que acreditava com todas as suas forças que era uma maravilhosa cantora, quando na verdade era absurdamente desafinada e fora de ritmo.

Rodeada de amigos falsos e com um marido covarde, que não falam a verdade sobre sua falta de talento, Marguerite conhece jovens artistas e jornalistas da vanguarda francesa da época, que incentivam suas apresentações por pura brincadeira e para satirizar o círculo da nobreza que vinha perdendo seu poder. Mas, vítima de sua própria inocência Marguerite não percebe a real intenção de todos a sua volta e acredita que é uma cantora excepcional, aceitando assim, fazer uma apresentação no principal teatro de Paris.

O filme retrata de forma cuidadosa e linda todo o clima que pairava por Paris em 1920, uma cidade movimentada, artística e com um embate entre a nobreza decadente e vanguarda artística em pleno crescimento. Com atuações intensas e trilha sonora perfeita, a obra consegue trazer o humor e o drama na dose certa para o espectador.

Como parte do Festival Varilux de Cinema Francês, o filme pode ser visto até o dia 22 de junho em 50 cidades pelo país, e depois entra no circuito nacional a partir do dia 30. Então, se você gosta de arte e ama um bom filme de época, não perca a oportunidade de ver!

 

FICHA TÉCNICA
Direção: Xavier Giannoli
Produção: Artemio Benki, Olivier Delbosc e Marc Missonnier
Elenco: Catherine Frot, André Marcon, Denis Mpunga, Michel Fau, Christa Théret, Sylvain Dieuaide, Aubert Fenoy, Théo Cholbi, Sophie Leboutte
Ano: 2015
Classificação: 14 anos
Duração: 127 minutos

Giovanna Arruda