Crítica: O Bebê de Bridget Jones

Crítica: O Bebê de Bridget Jones

A personagem Bridget Jones foi apresentada ao mundo no livro O Diário de Bridget Jones, escrito por Helen Fielding, na década de 1990. No início dos anos 2000, a história da inglesa fora dos padrões visuais, que não segue as regras sociais impostas, que fala sempre mais do que deveria e que, aos 30 anos, já é vista como uma solteirona velha pela sociedade, chegou às telonas em um filme estrelado por Renée Zellweger, Colin Firth e Hugh Grant. Muitos anos, um segundo filme e outros dois livros lançados se passaram desde que o grande público conheceu os personagens e se apaixonou pela história repleta de comédia leve e sincera.

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Esta semana marca o lançamento do terceiro filme da série; o primeiro a não ser uma adaptação de um livro específico, mas sim uma história de ligação entre eles. Em 2016, Bridget enfim chegou ao seu peso ideal e tem um emprego estável e importante como produtora em um canal de televisão, mas acaba de completar 43 anos e ainda está solteira, enquanto seus amigos próximos já têm filhos e famílias. Para afastar a tristeza de estar ficando velha para ser mãe, Bridget resolve ir a um festival de música com uma amiga e lá conhece Jack (Patrick Dempsey), um cara legal da sua idade, então os dois têm uma noite de sexo casual e não se veem mais. Poucos dias depois, em uma festa, Bridget reencontra Mark Darcy, o grande a amor da sua vida, com quem passou os últimos 10 anos tentando fazer com que o relacionamento deles desse certo, mas o trabalho de Mark nunca permitiu. Depois de alguns drinks, Darcy revela para Bridget que seu então relacionamento chegou ao fim, e se declara a ela. Os dois têm uma noite de amor em homenagem aos velhos tempos, mas ela foge com medo da relação entre eles dar errado mais uma vez. E tudo segue igual na vida de Bridget, até que ela descobre que está grávida e não sabe se o pai é Jack ou Mark Darcy – a partir daí, tchau ao corpo perfeito e às noites de bebedeiras e olá responsabilidades e confusões ao maior estilo Bridget Jones de ser.

Neste terceiro filme, o espectador é surpreendido com a história, que conseguiu se renovar, não se mantendo presa a piadas da década passada ou meros clichês. Os personagens não só envelheceram como também ficaram mais experientes e profundos. Dirigido por Sharon Maguire, responsável pelo primeiro filme também, o roteiro trouxe novos ares para a saga, que tinha se perdido um pouco em seu segundo episódio.

Embora seja uma comédia romântica padrão, o olhar crítico de Bridget sobre o mundo continua sendo um ponto forte no desenvolvimento da história, repleta de piadas que não são escrachadas, mas que fazem o público morrer de rir durante a sessão.

Enfim, O Bebê de Bridget Jones era um filme quase lendário para os fãs da série, muitos acharam que ele nunca iria acontecer, e agora que está aí nas salas de cinema, entrega muito mais que uma boa história: é um encerramento (ou não, quem sabe?) digno, à altura dos personagens carismáticos que foram desenvolvidos. É um daqueles filmes para fã nenhum colocar defeito.

Ah, e mesmo não sendo um filme da Marvel, fiquem na sala até o final dos créditos!

FICHA TÉCNICA
Direção: Sharon Maguire
Roteiro: Helen Fielding, Emma Thompson e Dan Mazer
Elenco: Renée Zellweger, Patrick Dempsey, Colin Firth, Emma Thompson, Shirley Henderson, Jim Broadbent, James Callis, Celia Imrie, Sarah Solemani, Gemma Jones, Sally Phillips, Enzo Cilenti, Mark Arnold, Ed Sheeran, Julian Rhind-Tutt
Duração: 2h03
Lançamento: 29 de setembro de 2016

Giovanna Arruda