Fight Like a Girl! – As heroínas no cinema
Era uma vez personagens femininas que estavam nos filmes para enfeitar a tela, cheias de maquiagem e com poucas falas, com ação mínima e provavelmente precisando ser salvas pelo personagem masculino principal. Conhece algum filme estruturado com base nesse roteiro? Pois é, existem vários.
Se o cinema é visto como um mundo masculino, o universo “nerd” era um clubinho fechado só de garotos. Mas as mulheres foram conquistando seu espaço (primeiro como consumidoras das obras e depois como fãs), e as produtoras perceberam que esse novo público precisava se ver representado nas telas de uma maneira mais profunda do que os clássicos personagens objetificados que sempre foram relacionados ao gênero feminino.
E se é para falar da força das personagens femininas, é claro que é preciso citar, antes de tudo, a saga Star Wars. Em 1977, o mundo foi apresentado à Princesa Leia, princesa, guerreira, comandante, estrategista e tudo mais, indo além de todas as limitações que a palavra princesa apresenta. No final da década de 1990, a saga também trouxe Padmé Amidala, rainha, guerreira e política – e não é de se espantar que ela seja mãe de personagens tão importantes quanto Leia e Luke. Em 2015, Rey apareceu em O Despertar da Força. Pouco sabemos sobre ela até o momento, mas é inegável sua coragem, poder e habilidade. E, por fim, ano passado em Rogue One foi a vez de Jyn Erso nos mostrar que uma garota pode sim ameaçar um Império.
O que seria do Harry Potter se Hermione Granger não estivesse ao seu lado em todos os momentos complicados? Provavelmente ele teria morrido no primeiro episódio da saga. Embora Harry dê nome às histórias, as personagens femininas que o cercam são tão ou mais importantes que ele, começando por sua mãe Lilian, passando por Sra. Weasley, Gina, Hermione, Luna, Professora McGonnagal e sem esquecer as vilãs Dolores Umbrige e Belatrix Lestrange.
Distopias estão na moda e as mais famosas (Jogos Vorazes e Divergente) trazem garotas jovens como personagens principais: Katniss e Tris lutam contra sociedades que impõem regras sem explicar porquês e segregam cada vez mais as populações. Sim, ambas contam com enredos amorosos em suas histórias, mas isso é uma parte menor do que elas se propõem a nos contar e inspirar.
No mundo dos heróis, embora as personagens femininas sejam poderosas e importantes, elas seguem sendo coadjuvantes de enredos masculinos. Ainda faltam filmes sobre elas, suas histórias e porquês, mas isto está para mudar. Ainda em 2017 será lançado o filme Mulher-Maravilha, e nos próximos anos Capitã Marvel também aparecerá nas telonas!
Representatividade é importante – seja ela racial, de gênero ou o que for. O cinema precisa de personagens diversos para representar com verossimilhança um mundo diverso. As meninas de hoje em dia têm a chance de crescer em um mundo onde nem as princesas da Disney precisam de um príncipe para se salvar. Mulan, Merida, Anna e Elsa estão aí para nos mostrar isso.
O mundo precisa de heroínas reais e fictícias para inspirar e mudar sua história. Além disso, todos precisam entender que lutar como uma garota, de maneira honrosa e cheia de coragem, é um dos maiores méritos que alguém pode ter.
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