Opinião: Em defesa da adaptação norte-americana de Death Note

Opinião: Em defesa da adaptação norte-americana de Death Note

O trailer da adaptação norte-americana de Death Note caiu como uma bomba na internet, e novamente enfrentamos as mesmas polêmicas da época de A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell. Comentários como “americanizaram uma obra japonesa!” ou “mais uma adaptação cheia de whitewashing” tomaram as redes sociais.

Dessa vez, estou aqui em defesa da adaptação. Sim, assisti o anime na época em que foi lançado, bem como todos os filmes live-action japoneses. E como autor de nossa postagem sobre as adaptações de anime mais emblemáticas do cinema (que você pode conferir clicando aqui), mencionei que Oldboy (2003) é a versão sul-coreana de um mangá japonês. É isso mesmo! A obra que entrou para a lista dos dez melhores filmes asiáticos de todos os tempos da CNN é uma produção coreana, não japonesa

À época, ninguém discutiu sobre a nacionalidade dos personagens da adaptação. Durante o Grand Prix do Festival de Cannes de 2004, o filme foi recebido com muito prestígio por Quentin Tarantino, representante do júri na ocasião.

Whitewashing?

Não estamos validando o whitewashing, muito pelo contrário! O primeiro argumento em defesa é que a história se passa nos Estados Unidos. Diferente de O Último Samurai (2003) ou A Grande Muralha (2017), que colocam personagens americanos em cenários orientais, Death Note tenta reimaginar a história de Raito Yagami nos Estados Unidos. Vale lembrar que filmes icônicos como O Chamado (2002) e O Grito (2004), também são adaptações de filmes japoneses.


Keith Stanfield como L: Será que estão fazendo whitewashing da maneira certa?

Tá tudo diferente

Além do anime, Death Note já possui três filmes live-action no Japão. Quem acompanhou a história não quer ver um repeteco do que já foi exibido. Ou você gostaria de ver a morte de Tio Ben pela terceira vez em Spider-Man: Homecoming? Destaco o primeiro filme de Death Note, de 2006, como o melhor de todos. A história envolve o espectador, e segue para um caminho diferente do anime/mangá.

O anime continua válido

Death Note ainda faz muito sucesso, e também está disponível no streaming da Netflix. Se você não gostar da obra americana, o anime original ainda estará lá para matar a saudade. Também existe a possibilidade do novo live-action fidelizar mais fãs que nunca chegaram a se interessar pela animação. No agregado, a marca Death Note só tem a ganhar com o novo filme.

Estamos ansiosos!

Cauê Lira

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