Rebobinando: Gattaca – Experiência Genética (1997)
Meu intuito inicial era colocar Gattaca em uma lista de top 5 filmes mais subestimados de todos os tempos, mas quando tive a chance de escrever um Rebobinando, não consegui me controlar e tive que comentar um pouquinho sobre esse filme tão incrível. Para os fãs de filme com temática de viagem no espaço, se você ainda não assistiu Gattaca, você está perdendo – e muito!
O filme se passa no futuro, mas de uma forma atemporal (não sabemos se os personagens se encontram em 2016 ou 4 mil e alguma coisa), e conta a história de Vincent Freeman (Ethan Hawke) que nasceu de forma considerada “natural” enquanto seu irmão, Anthony, nasceu com seu DNA alterado para que seu corpo nascesse perfeito, totalmente sem defeitos. Vincent sofre de asma e não enxerga direito, mas sonha em viajar para o espaço. Com suas condições, ele não pode estudar para se tornar o que realmente quer, mas quando conhece Jerome (Jude Law), um nadador de DNA perfeito aposentado por conta de um acidente, sua vida muda. Vincent agora viverá a vida como Jerome, na esperança de conseguir realizar seu maior sonho – mas ao se apaixonar por Irene (Uma Thurman), até que ponto conseguirá levar o relacionamento em uma mentira?
Com direção e roteiro de Andrew Niccol (O Show de Truman) e a fotografia estonteante de Slawomir Idziak (Harry Potter e a Ordem da Fênix), o filme passa a mensagem de que não importa quem você seja ou da onde você venha, você tem total capacidade de alcançar o que quer que seja. Não tem como não se emocionar com a jornada de Vincent, que nasceu com absolutamente tudo contra seu favor, enquanto seu irmão que supostamente é “perfeito” não tem nem metade da coragem e perseverança de Vincent.
O filme também toca em temáticas de preconceito, tecnologia, amor, ambição e violência. Até onde estamos dispostos a ir para alcançar nossos sonhos? Que relacionamentos estamos decididos a deixar para trás? Com mensagens maravilhosas e diálogos de perder o fôlego, Gattaca com certeza é um filme que fica para sempre com você, afinal, “não há gene para o espírito humano”.