Resenha: Hideout, de Masasumi Kakizaki

Resenha: Hideout, de Masasumi Kakizaki

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Sinopse: Em uma noite escura e chuvosa, um homem persegue sua vítima aterrorizada. A decisão de Kirishima Seiichi é clara: ele matará sua esposa. Um ano antes, ele era feliz. Um escritor de sucesso e pai de uma jovem criança. Tudo parecia estar muito bem. Mas essa felicidade precisava terminar. O dia em que o editor terminou a parceria dos dois, a escuridão invadiu sua vida. A queda começou, página por página, no que parece ser o último romance dele.

Cheia de reviravoltas, a trama prende o leitor e não cansa!

Escrito em 2010 e lançado no Brasil pela Panini apenas em 2014, Hideout é um mangá do gênero terror e suspense com influências nas obras de Stephen King, como o próprio Masasumi Kakizaki deixa claro em sua “nota do ator”. Mesmo assim, Kakizaki consegue encontrar uma maneira original de contar a sua história neste mangá de volume único, que não assusta exatamente pela trama, mas pela arte realista e o desfecho final.

Em Hideout, Kirishima Seiichi tenta assassinar a mulher após a vida do casal desmoronar: além da culpa da morte do filho cair toda em seus ombros, Miki, a esposa, é de caráter duvidoso. Para piorar, Seiichi perde o emprego e se vê sem condições de sustentar a própria família. Pressionado por todos os lados, o protagonista leva Miki para uma viagem com a finalidade de recomeçar a vida, mas, no meio de uma floresta deserta, o que acontece é completamente diferente do planejado. Na obra de Masasumi Kakizaki, o real e o que parece ser completamente surreal se misturam nos deixando confusos sobre a sanidade mental do personagem.

Apesar disso, não é difícil se colocar no lugar de Seiichi e os sentimentos com o decorrer da história variam entre pena e raiva. Hideout mostra os efeitos que o desespero pode causar no ser humano e ensina que o mais importante é nunca nos transformamos nos monstros que nos perseguem, mesmo que esse seja o caminho mais fácil. Com uma história simples, mas bem executada, o mangá é capaz de prender o leitor até o final sem cansar.

Jaquelini Cornachioni