Crítica: A Conexão Francesa

Marselha, 1975. O juiz Pierre Michel (Jean Dujardin) é transferido de seu trabalho anônimo com jovens para a investigação sobre a maior quadrilha de traficantes da França e dos Estados Unidos, a Conexão Francesa, que liderada por Gaëtan “Tany” Zampa (Gilles Lellouche), faz as leis da cidade e aniquila todo e qualquer um que não as siga ou resolva se tornar inimigo deles. Extremamente focado e enfrentando os perigos que suas decisões possam acarretar, Pierre Michel resolve desmembrar a quadrilha e prender todos que tenham alguma relação com eles para dar fim aos anos de domínio criminoso da cidade.

Inspirado em fatos reais, com um cenário maravilhoso e elenco de peso, o filme já mostra a que veio logo em suas duas sequências iniciais: a primeira mostra uma perseguição para acerto de contas com um homem que ousou não seguir as ordens de Zampa e a segunda retrata um interrogatório de uma adolescente usuária de drogas organizado por Pierre Michel; ambas intensas, ágeis, violentas e que representam bem a dualidade de ações apresentada no filme,Conexão Francesa versus Pierre Michel.

Jean Dujardin, já ganhou um Oscar como Melhor Ator por seu papel em O Artistae mais uma vez nos entrega um trabalho espetacular ao dar vida ao famoso juiz francês, com uma intensidade monstruosa e momentos leves que constroem bem o personagem. Gilles Lellouche também é excelente ao interpretar o vilão Tany Zampa, conseguindo humanizar o brutal e vingativo traficante.

Divergindo da maior parte dos filmes franceses que são entregues ao grande público, que no geral são de comédia ou drama, A Conexão Francesa é um ótimo filme de ação, repleto de tramas que te fazem ficar colado na tela e com um final surpreendente (pelo menos para quem não conhece a história original).

A Conexão Francesa estreia no dia 11 de agosto nos cinemas brasileiros!

FICHA TÉCNICA
Direção: Cédric Jimenez
Roteiro: Cédric Jimenez e Audrey Diwan
Produção: Alain Goldman
Elenco: Jean Dujardin, Gilles Lellouche, Benoît Magimel, Guillaume Gouix, Céline Sallette, Mélanie Doutey, Bruno Todeschini, Féodor Atkine
Duração: 135 minutos
Classificação: 16 Anos