Crítica: 2:22 – Encontro Marcado
Às vezes, não adianta ter certeza de tudo durante todos os dias de nossas vidas, porque repentinamente ela pode nos surpreender e virar tudo de cabeça para baixo. Porém, Dylan Branson gosta que sua vida seja moldada pela rotina, desde a hora em que acorda, durante seu trabalho e até a hora de dormir. Acostumado com ordem, logo ele precisa lidar com uma grande mudança que está acontecendo à sua volta: uma série de eventos que se repete exatamente no mesmo horário todos os dias, sempre às 2:22 da tarde.
2:22 – Encontro Marcado é aquele feel good movie que diverte e passa uma mensagem de que o amor é mais forte que tudo. Clichê? Sem dúvidas, mas é inegável o carisma que os atores Michiel Huisman (de Game of Thrones) e Teresa Palmer possuem, o que melhora o filme a ponto de nos importarmos sem esforço com cada um. A missão de Dylan, que é a de descobrir o que se passa em sua vida e, ainda por cima, salvar Sarah (Palmer) de um destino ligado aos misteriosos eventos, é capaz de prender a atenção e instigar a curiosidade do espectador.
O roteiro é interessante ao envolver o personagem de Michiel em assuntos cósmicos, principalmente para quem acredita em horóscopo, destino, vidas ligadas e tudo mais que está relacionado. Contudo, a força da trama perde o foco por incluir, especialmente em seu terceiro ato, alguns plot-twists que não surpreendem por já terem sido utilizados na maioria dos filmes de ação e romance. Parece até que alguns elementos foram incluídos para dar uma rápida conclusão à trama. Uma pena, porque o relacionamentos dos protagonistas é bem construído.
2:22 – Encontro Marcado tem uma proposta boa e atores convincentes – em especial, Teresa Palmer. É difícil algo dar errado quando uma fórmula já conhecida é utilizada, então não posso dizer que o filme decepciona. A mensagem que ele passa em sua conclusão, quando todas as peças foram encaixadas, é realmente bonita e insere (mesmo que sem complexidade) a reflexão de acreditar que nada acontece por acaso. Para quem gosta de filmes como Número 23 e Efeito Borboleta, o filme de Paul Currie não desafia e não insere resoluções inovadoras, mas é uma opção que com certeza entretém.
FICHA TÉCNICA
Direção: Paul Currie
Roteiro: Nathan Parker, Todd Stein
Produção: Jodi Matterson, Paul Currie, Steve Hutensky
Fotografia: David Eggby
Trilha Sonora: James Orr, Lisa Gerrard
Estúdio: Lightstream Entertainment, Pandemonium, Walk The Walk Entertainment
Montador: Gary Woodyard, Sean Lahiff
Distribuidora: PlayArte