Crítica: Negócio das Arábias

Crítica: Negócio das Arábias

Originalmente chamado A Hologram for The King, o filme é inspirado em um livro homônimo de Dave Eggers e conta a história de Alan Clay (Tom Hanks), norte-americano de meia idade e vítima da recessão em seu país, que viaja para a Arábia Saudita em busca de fazer negócios com a família real. Ao se ver imerso em um ambiente e uma cultura completamente diferente da sua, Alan percebe que talvez essa seja a chance de mudar que sua vida tanto precisava.

Não posso negar que fui ao cinema esperando que a atuação do Tom Hanks fosse o ponto alto do filme, uma vez que é um ator excepcional, mas felizmente estava bem enganada. Com coadjuvantes interessantíssimos que tornam o filme mais profundo e engraçado, a história se desenvolve de uma maneira mais fluida, como o personagem Yousef (Alexander Black), motorista local que já morou nos Estados Unidos e se torna o melhor amigo do personagem principal, roubando muitas vezes as cenas para si devido ao seu próprio senso de humor e crítica.

Embora a história se inicie repleta de clichês sobre o Oriente Médio que estamos cansados de ver, conforme o desenvolvimento do enredo do filme vamos sendo apresentados a uma realidade mais profunda da região, como se o expectador fosse compreendendo mais o contexto do local juntamente com o personagem principal. 

Assistam ao filme! Pode não ser nenhum blockbuster mas é ótimo, garante boas risadas e te faz sair do cinema se questionando sobre o quanto realmente conhece sobre o Oriente.

Negócio das Arábias estreia em 04 de agosto!

FICHA TÉCNICA
Direção: Tom Tykwer
Roteiro: Tom Tykwer
Elenco: Tom Hanks, Alexander Black, Sarita Choudhury, Sidse Babett Knudsen, Ben Whishaw, Tom Skerritt
Ano: 2016
Duração: 97 minutos

Giovanna Arruda