Crítica: Tinha que ser ele?

Crítica: Tinha que ser ele?

Stephanie Fleming (Zoey Deutch) é o orgulho dos pais: tem 22 anos e é universitária envolvida com projetos sociais – mas ela escondeu deles seu namoro. Até que, por acidente, seus familiares e amigos ficam sabendo da relação e ela se vê obrigada a apresentar para sua família o real mundo que está vivendo ao lado do namorado Laird (James Franco), um zilionário excêntrico, criador de jogos para celular, com vários funcionários e dono de uma casa com utilidades bem exóticas. Mas Ned Fleming (Bryan Cranston) não gosta nada do rapaz à primeira vista e começa a criar milhares de planos para separar o casal. Tudo isso enquanto lida com uma imensa crise na sua empresa e tenta fazer a família se manter unida para o Natal.

Zoey Deutch estrelou o esquecível Tirando o Atraso junto com Zac Efron e Robert de Niro (escolhido como uma das nossas decepções de 2016), e não posso negar que, antes de assistir Tinha que ser ele?eu tinha muito receio de que esse novo filme com a atriz fosse semelhante ao anterior, mas felizmente fui surpreendia. Sim, o filme é repleto de palavrões e piadas sexuais, mas por incrível que pareça tudo se encaixa de uma maneira que não o deixa pesado, vergonhoso ou algo do tipo, mas sim torna-o engraçado (mesmo com as duas sequências iniciais contendo cenas com o James Franco seminu). Isso pode te fazer ficar com um pé atrás em relação ao que te espera durante as próximas quase duas horas, mas prometo que melhora!

Talvez você compare constantemente a história com Entrando numa Fria, filme de 2000 estrelado pelo comediante Bem Stiller, então não será surpresa nenhuma quando ver o nome dele entre os produtores. E sim, Tinha que ser ele? é praticamente um Entrando numa Fria às avessas, porque dessa vez são os pais da garota que são surpreendidos e estranham o estilo de vida do namorado dela.

Os atores estão mais que confortáveis em seus papéis e isso transparece através da tela; talvez seja esse um dos motivos para piadas e frases pesadas soarem de maneira natural e até engraçada – ou o motivo seja o roteiro ser co-assinado pelo genial Jonah Hill. O filme só promete uma coisa: entreter e divertir o espectador, e cumpre bem o papel. Pode não ser hilário ou memorável, mas com certeza é melhor do que as últimas produções que foram lançadas com o mesmo propósito de fazer graça com piadas sujas. O longa também acerta os corações dos fãs da banda Kiss, não só pela trilha sonora, mas também pela chance de ver Gene Simmons e Peter Criss reunidos tocando I Was Made For Lovin’ You.

FICHA TÉCNICA
Direção: John Hamburg
Roteiro: John Hamburg e Jonah Hill
Produção: Dan Levine,Shawn Levy e Ben Stiller
Elenco: James Franco, Bryan Cranston, Megan Mullally, Zoey Deutch, Keegan-Michael Key, Cedric The Entertainer, Griffin Gluck, Adam Devine, Casey Wilson, Andrew Rannells, Zack Pearlman, Kaley Cuoco.
Classificação: 14 anos
Lançamento: 16 de março de 2017
Duração: 1h52

Giovanna Arruda