Vikings: Vale a pena assistir?
O rico legado dos vikings não foi tão bem representado pela cultura pop nos últimos anos. Mesmo os recentes filmes da Marvel sobre deuses nórdicos são vistos como secundários pelos ávidos fãs de Vingadores. Mas a série Vikings, do History Channel, parece ter colocado um fim na falta de conteúdo para os admiradores do antigo povo que reinou sobre Finlândia, Noruega, Dinamarca e Suécia.
Será que Vikings é a série certa pra você? Nós do Cinematecando reunimos alguns tópicos que podem esclarecer suas dúvidas sobre a trajetória do povo do norte. Lembrando que nossas análises não contém spoilers sem aviso prévio, porém, como se trata de uma série histórica, alguns fatos serão retratados. Mas fique tranquilo, não há nada que prejudique a experiência de um fã em potencial!
Você gosta de História?
Se a resposta for sim, saiba que Vikings segue a história de maneira fidedigna. E passa longe de ser um documentário, como outros programas produzidos pelo History. Acompanhamos a história de Ragnar Lothbrok (Travis Fimmel), um inquieto escandinavo que não se contenta com a comodidade dos países nórdicos. Ragnar tem um insaciável desejo de conquistas, de desbravar o desconhecido e redefinir seus limites. O personagem, de fato, existiu, e tirou o sono de diversos reis e imperadores na Europa. Saques, colônias e alianças eram suas atividades favoritas. A interpretação de Fimmel como Ragnar Lothbrok é cativante, sendo um dos grandes destaques da série.
Mas e o etnocentrismo?
Vikings mantém os pés no chão e costuma descartar elementos fantasiosos. Um dos temas centrais da série é a oposição entre a religião nórdica e o cristianismo, que estava em expansão na Europa. Mas é claro que referências a deuses nórdicos acontecem o tempo todo. Em determinados momentos, principalmente na terceira temporada, a religião dos vikings parece ser mostrada sob a perspectiva da verdade, o que irritou alguns espectadores cristãos. Outro tópico que não agradou parte da audiência é a interpretação do personagem Athelstan (George Blagden), um monge católico capturado pelos Vikings. Com o passar da série, Athelstan começa a questionar sua religião original, sendo corriqueiramente taxado como desequilibrado. Recomendamos aos leitores que assistam a série de cabeça aberta para interpretações e perspectivas diferentes.
Machados e capacetes com chifres?
A série está longe de ser estereotipada, e retrata a cultura viking com fidelidade. Por isso, esqueça chifres e machados gigantes. Mas alguns pontos na ambientação de Vikings merecem críticas. Certos atores fogem muito da imagem real que temos do povo da época, como Alexander Ludwig, que interpreta Bjorn Ironside, filho de Ragnar Lothbrok. Bjorn possui uma aparência contrastante com o resto do elenco, como o cabelo top knot da moda e caráter de galã teen. Mas isso não deve incomodar a maioria dos espectadores.
É uma história complicada?
Sabe aquela trama política e complexa de Game of Thrones? Vikings tenta fugir dessa receita com um roteiro bem simples. E isso não quer dizer que a série não possui profundidade. Seguimos a trajetória de apenas um personagem, e o foco muda para personagens secundários apenas quando é conveniente. Mas nem sempre a fórmula traz bons resultados – é indiscutível que certos arcos foram planejados apenas para “encher linguiça” e tornar o episódio mais longo.
Será que vou gostar?
Classificamos Vikings como uma série progressiva que fica melhor a cada temporada. Se você gostar da primeira, dificilmente vai odiar a segunda. Logo, caso a série do History Channel não seja para o seu perfil, você perceberá ainda nos primeiros episódios. As três últimas temporadas estão na Netflix. A quarta temporada ainda está em exibição no History Channel, e já existe a confirmação de uma quinta temporada, com 20 episódios, para 2017.
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