5 (bons) filmes de fantasma para ver no final de semana

5 (bons) filmes de fantasma para ver no final de semana

Esses filmes vão te assombrar!

Com a estreia de A Maldição da Casa Winchester, cuja crítica você confere aqui, uma lista com filmes de fantasma é nada mais que oportuna. Subgênero bastante versátil do terror, o filme de fantasma pode assumir diversas facetas, algo que o sucesso estrondoso do romântico Ghost – O Outro Lado da Vida comprova. Separamos então cinco longas-metragens razoavelmente desconhecidos com a presença de penadinhos em seus elencos, cada um com seu jeito diferente de dar sustos.


Ainda Estamos Aqui (2015)

A estreia do diretor Ted Geoghegan foi aclamada por misturar terror com sanguinolência sem se esquecer de conferir substância a seus personagens. No caso, o filme é protagonizado por um casal de meia-idade, que após a traumática morte do filho, se mudam para uma casa misteriosa em uma cidadezinha na Nova Inglaterra. Conforme os sinais de uma assombração ficam cada vez mais evidentes, os dois começam a se questionar sobre a natureza dela: seria o querido filho, falando do além? ou seria algo muito mais pérfido que os locais estão omitindo? A participação do ícone cult do terror Larry Fessenden é um bônus para os fãs do gênero, que também ficarão impressionados com os aspectos técnicos caprichados do longa.


Os Espíritos (1996)

O primeiro filme de gênero que Peter Jackson fez com um maior orçamento, Os Espíritos faz com fantasmas o que Lobisomem Americano em Londres fez com licantropos, com uma mescla eficiente de comédia e terror, além dos ótimos efeitos especiais. Protagonizado por Michael J. Fox, o filme conta a história de um homem que ganha a habilidade de enxergar e interagir com os espíritos dos mortos, eventualmente tornando-se amigo de uma dupla de penados bem-intencionados. O problema é que há muito mais em jogo, numa onda de mortes que implica o Ceifador em pessoa! Conhecido pela saga Senhor dos Anéis, Jackson demonstra aqui seu talento com efeitos de ponta e versatilidade ao trabalhar diferentes gêneros em um só filme.


Hotel da Morte (2011)

Imaginem que um jovem diretor decidisse refazer a fórmula de Os Caça-Fantasmas, apenas com um ritmo mais lento e doses inquietantes de suspense. Bom, pode-se dizer que Ti West o fez com Hotel da Morte (péssima alternativa ao original The Innkeepers). Com um elenco enxuto, o longa foca na dupla de protagonistas que cuidam de um hotel possivelmente assombrado, e nas horas vagas cumprem o papel de caçadores de fantasmas, embora com equipamentos mais rudimentares. Não só o suspense gradual da história ajuda a construir tensão, como as interações e diálogos entre os personagens vem repletos de carisma, portanto tornando o vínculo a eles forte o bastante para deixar o espectador preocupado com o bem-estar dos dois.


Personal Shopper (2017)

O mais recente filme do francês Olivier Assayas é daqueles filmes que simplesmente não saem da cabeça, intrigando do começo ao fim e assombrando o espectador nos dias seguintes. Isso se deve não só aos soberbos momentos de terror encontrados ao longo de sua história, como também à abordagem profunda (e até intimista) de Assayas com o tema do luto. Esse luto é sentido pela protagonista, interpretada com peso por Kristen Stewart, que lamenta pela morte prematura do irmão e desde então tenta comunicar-se com o além. Aos que esperam um thriller familiar e tradicionalmente estruturado, a falta de clareza proposta por Assayas deve deixar a muitos insatisfeitos. No entanto, caso goste de ser entretido e ainda ser desafiado pelo cinema, Personal Shopper é uma experiência realmente formidável. Confira nossa crítica completa.


O Último Capítulo (2016)

Para uma lista que contém Personal Shopper, é surpreendente constatar que O Último Capítulo é o mais incomum e incômodos dos filmes. Dirigido por Osgood Perkins, que com apenas dois filmes já ganhou status cult, essa história de fantasma parece até intragável de tão vaga e misteriosa que é. Claro, a premissa e a execução são relativamente simples: segue os dias de uma enfermeira que cuida de uma autora de livros já idosa, e ao ler algumas de suas escritas, percebe que há algo de errado com a casa onde vivem. Com uma estrutura curiosa, que alterna entre presente e duas épocas passadas, o roteiro de Perkins se desdobra com extremo comedimento, assim como a direção, que aposta panorâmicas lentas, sempre suscitando aquela gostosa dúvida: o que está além do quadro? Não é para todos, mas com certeza terá seu público.


Confira outras listas aqui.

Caio Lopes

Formado em Rádio, TV e Internet pela Faculdade Cásper Líbero (FCL). É redator no Cinematecando desde 2016.